Por Laura de Almeida Machado
As ferramentas de inovação, além de serem um importante instrumento para aumentar as chances de êxito perante o poder judiciário, também podem ser aliadas das empresas na redução do passivo contencioso.
A gamificação, por exemplo, que é a utilização de jogos em treinamentos, com a aplicação de metodologia de fases, pontuação e recompensa, possibilita a testagem e fixação de conteúdos de uma maneira mais leve e dinâmica, o que tem se mostrado extremamente eficaz para identificar erros recorrentes ou aspectos que não foram bem compreendidos por colaboradores e que acabam gerando processos judiciais.
A ideia é treinar a equipe em um ambiente fictício por meio de atividades interativas, simulando situações e problemas, para que tais erros não se repitam no ambiente real.
Esta técnica possibilita aos gestores analisar os pontos de melhoria e identificar onde as equipes têm tido mais erros e, assim, adotar medidas e estratégias para sanar as fragilidades identificadas, como um novo treinamento ou criação de uma política específica.
Assim, é um recurso de aprendizado que envolve psicologia e entretenimento e propicia a modificação de comportamentos, além de engajar a equipe na solução dos problemas de uma forma mais prazerosa.
Outra ferramenta que tem se mostrado muito importante para a redução do contencioso dos clientes é o Power BI, que é uma plataforma unificada e escalonável que permite a visualização de dados e geração de relatórios de uma forma bastante visual.
Por meio dela é possível a empresa verificar facilmente quais são os problemas que geram mais ações judiciais e mudar procedimentos internos, com o objetivo de reduzir as respectivas causas.
Além disso, o Power BI fornece informações mais precisas de uma forma mais fácil de analisar, com a imensa vantagem de que os dados podem ser atualizados em tempo real.
É possível, por exemplo, verificar qual filial da empresa tem sido mais alvo de processos judiciais, bem como os principais assuntos que têm gerado referidos processos. Assim, de uma forma bastante rápida, pode-se verificar o motivo e agir para corrigir os problemas.
A utilização destas tecnologias, portanto, capacita o setor jurídico para a tomada de decisões embasadas em dados concretos, bem como possibilita agir de uma forma preventiva, subsidiando as demais áreas da empresa com informações relevantes sobre o negócio em si, o que acaba por agregar valor ao jurídico interno, que passa a ser visto não apenas como um setor que resolve problemas.
Estas ferramentas inovadoras já são uma realidade em nosso escritório, que, como parceiros do cliente, soma esforços com o jurídico interno para uma melhoria constante de toda a empresa.
