A Nova Era do Legal Operations: Como IA e Dados Estão Redefinindo o Jurídico em 2025

Por Luan Natan

Em meio à volatilidade econômica de 2025 e à transformação digital agora inegociável, o Legal Operations deixou de ser tendência para se tornar realidade incontornável nos departamentos jurídicos. Mas o que isso realmente significa no atual cenário?

Legal Operations evoluiu além de simples eficiência operacional. É a resposta estratégica à pergunta que todo C-level faz com mais urgência hoje: “como o jurídico pode se transformar de centro de custo a gerador de valor mensurável e tangível?”

A verdade desconfortável? Enquanto outras áreas corporativas já estão na terceira onda de automação e IA, muitos departamentos jurídicos ainda operam com processos da era pré-digital. O resultado? Um desalinhamento crescente entre o jurídico e a velocidade dos negócios.

Os números são impressionantes: o último relatório Gartner indica que empresas com programas maduros de Legal Ops agora reduzem até 45% dos custos jurídicos totais, enquanto aumentam em 60% a velocidade de resposta às demandas internas. Isso representa vantagem competitiva real.

O diferencial de 2025? A inteligência artificial generativa transformou completamente o jogo. O que antes exigia semanas de trabalho jurídico manual – como análise de contratos, due diligence ou pesquisa jurisprudencial – hoje é realizado em horas ou minutos com ferramentas de IA especializada.

Assistentes jurídicos virtuais agora respondem consultas rotineiras dos clientes internos, liberando advogados para trabalho estratégico. Sistemas preditivos analisam litígios e estimam probabilidades de sucesso com precisão surpreendente. Plataformas de automação permitem que times não-jurídicos gerem documentos sem intervenção do departamento legal.

No Brasil, já não são apenas as grandes corporações implementando estas soluções. Empresas médias descobriram que investimentos modestos em tecnologia jurídica trazem retornos expressivos – em um cenário econômico onde cada real economizado importa.

A maior barreira atual? Não é mais resistência cultural, mas a gestão eficaz da mudança. Equipes jurídicas já aceitam a necessidade de transformação, mas enfrentam dificuldades em definir prioridades: por onde começar? Como integrar sistemas legados? Como garantir segurança dos dados jurídicos sensíveis?

Para departamentos em início de jornada, a abordagem recomendada mudou: comece com projetos de IA de impacto imediato. Um bom ponto de partida é a implementação assistida de revisão contratual ou classificação automatizada de demandas. O ROI rápido destes projetos facilita aprovações para iniciativas maiores.

O perfil do profissional de Legal Ops também evoluiu. Além de conhecimento jurídico e gestão, agora é esperada familiaridade com ciência de dados e engenharia de prompts para IA jurídica – habilidades que nem sequer existiam há cinco anos.

Como destacou o último relatório do Corporate Legal Operations Consortium (CLOC): “Departamentos jurídicos que não conseguem demonstrar seu impacto no negócio com métricas objetivas e processos otimizados por IA estão rapidamente perdendo influência nas decisões estratégicas”.

Legal Operations em 2025 não é sobre fazer mais com menos. É sobre fazer diferente com tecnologia. É transformar dados jurídicos em inteligência de negócios. É posicionar o jurídico não como barreira, mas como acelerador de inovação responsável.

A revolução do Legal Operations agora é impulsionada pela IA. E departamentos que ainda resistem a esta realidade não estão apenas ficando para trás – estão se tornando obstáculos ao crescimento de suas próprias organizações.

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Fontes consultadas:

  1. Gartner Legal Technology Hype Cycle 2024
  2. Thomson Reuters “State of Legal Department Technology” (2024)
  3. Corporate Legal Operations Consortium (CLOC) – “State of the Industry Report” (2024)
  4. Wolters Kluwer “Future Ready Lawyer Survey” (2024)
  5. AB2L/FGV “Pesquisa Legal Tech Brasil” (2024)
  6. McKinsey & Company “The Business Case for Legal Technology” (2023)
  7. Harvard Law School Center on the Legal Profession “Digital Transformation of Legal Departments” (2024)
  8. ACC Chief Legal Officers Survey (2024)
  9. PwC Legal Department Benchmarking Report (2024)
  10. EY Law and General Counsel Imperative Report (2024)

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