Chenut na Mídia - Postado em: 07/08/2018

CHENUT quer se internacionalizar ainda mais

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Escritório franco-brasileiro espera abrir unidades nos Estados Unidos, Emirados Árabes e na China, contando com experiência em atendimento internacional e na informatização de práticas

Por Ricardo Bonfim  • São Paulo
Publicado em 06/08/18 às 05:00

O escritório franco-brasileiro Chenut Advogados almeja avançar ainda mais na sua internacionalização para conseguir auxiliar com proximidade os clientes do mundo inteiro que possuem negócios no Brasil ou na França.

De acordo com o sócio-fundador da banca, Philippe Boutaud-Sanz, há planos para criar novas unidades em Miami, Nova York, Califórnia, Dubai e Hong Kong. No começo deste ano, o escritório inaugurou uma filial em Lisboa. “A unidade de Portugal é muito forte em direito imobiliário, porque muitos brasileiros e franceses estão comprando imóveis por lá”, afirma.

Para ele, é importante encontrar as melhores oportunidades nas principais áreas do direito empresarial e assessorar o cliente que pensa em se internacionalizar. “O escritório foi fundado para atuar como se fosse o departamento jurídico interno dos nossos clientes especialmente nas questões internacionais para que o empresário encontre todas as respostas de que precisa”, conta.

Boutad-Sanz lembra que é importante adaptar as empresas brasileiras para a realidade das legislações europeias e vice-versa. Um caso recente que ilustra essa necessidade foi a implementação do General Data Protection Regulation (GDPR) na União Europeia. O programa de proteção de dados estabelece multas que vão de 20 milhões de euros a 4% do faturamento bruto global anual da companhia que colher, vender ou permitir o vazamento de informações pessoais dos clientes que forem residentes no bloco sem autorização expressa e não ambígua. A regra alcança, inclusive, empresas de outros países que fazem negócios com europeus. “Nós adaptamos as empresas brasileiras aos procedimentos da legislação europeia, de forma a ficarmos de acordo também com as novas leis brasileiras”, acrescenta o sócio do Chenut.

O próprio modelo de negócios às vezes encontra barreiras regionais, sobretudo quando envolve alguma forma de planejamento tributário, de modo que o escritório precisa operar as alterações necessárias para obter um resultado melhor. “Nem sempre o que é bom para o Brasil também será bom para o outro país. Nós analisamos tanto o contrato de trabalho na matriz quanto aqui, e isso se replica em todas as áreas.”

Segundo ele, os advogados da sociedade não recomendam a criação de off-shores, por exemplo, já que essas empresas têm sido muito questionadas mundialmente. “Se nossos clientes querem deter o nome de empresas estrangeiras, recomendamos que não seja em paraísos fiscais.”

Para manter a rentabilidade e um atendimento mais qualificado, Boutaud-Sanz explica que há muito interesse no investimento em informatização. “Nós já digitalizamos toda a documentação do escritório, que está acessível a todo o lugar do mundo de forma criptografada. Assim, conseguimos trabalhar com mais segurança com os dados dos clientes”, diz o especialista.

No futuro, o sócio espera ter mecanismos de inteligência artificial no escritório para ajudar na análise da jurisprudência. Apesar disso, ele garante que acredita na necessidade de haver um profissional por trás de cada processo. “Sempre vai precisar de uma revisão do advogado para responsabilidade profissional. A inteligência artificial é uma ferramenta de assessoria ao advogado”, diz.

Binacional

O escritório de Boutaud-Sanz reflete a experiência do próprio sócio, que possui cidadania francesa e brasileira, além de estar em inscrito em quatro ordens nacionais de advogados. “Como nós tivemos esse perfil franco-brasileiro, nossa clientela tem se tornado muito mais mundial. Temos clientes alemães, indianos, canadenses, latino-americanos, entre outros”, destaca.

Atualmente, a banca conta com 120 colaboradores, dos quais dez são sócios sêniores e sete são sócios juniores. Inicialmente, o Chenut Advogados operava nas unidades de São Paulo, Belo Horizonte e Paris, mas logo foi aberta uma filial no Rio de Janeiro, e uma em Brasília, para aumentar a área em que é possível fazer atendimento pessoal olho a olho para os clientes que procurarem os advogados.

DCI Online
https://www.dci.com.br/legislacao/chenut-quer-se-internacionalizar-ainda-mais-1.729453

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